sexta-feira, 11 de abril de 2008

Dialética do Esclarecimento e Nietzsche






por Augusto Patrini Menna Barreto Gomes

Universidade de São Paulo

Faculdade de Filosofia Ciências Humanas e História
Faculdade de História





Ao lembrar que por pretenderem comunicar algo, qualquer tipo de obra tem compromisso com as sensibilidades de sua época, sua linguagem e, os temas são compreendidos por seus interlocutores de época de forma diferente daqueles da posteridade. Seus temas e seu vocabulário estão inscritos em um tempo, e um espaço. Seu uso, porém, no futuro é de infinitas utilizações – e até abusos, mesmo a contragosto de seu realizador.
Assim considerando que o artista, ou o filósofo, o intelectual em geral, são portadores de um gêni-eu (mesmo que cindido ou multifacetado), de sensibilidades especiais, que dão valor e singularidade aos seus olhares. Eles podem perceber questões que passam despercebidas para seus contemporâneos – e assim, muitos deles, como Nietzsche, por exemplo, nascem já póstumos. Por exemplo, escritores como Albert Camus e Louis-Ferdinad Céline
[1], quiçá estivessem, em termos políticos, em campos opostos, captaram ambos em um “entre-tempo” singular de forma excêntrica e aguda sua época – tiveram a capacidade de ver além do que o rebanho e os jornais-rebanho viam. Por isso foram muitas vezes condenados.
Detectaram como Nietzsche, Adorno e Horkeheimer como a ciência e a técnica tornar-se-ia um mito, ou mistificação para a sociedade moderna.
Marcuse foi mais longe ainda em seu Homem Unidimencional
[2] afirmando que a re-produtividade técnica tornou-se-ia a Arte da destruição, e uma forma de esmagar as potencialidades e singularidades do ser humano. Em seu Eros e a Civilização[3], ao contrário de Freud em seu Mal Estar na Civilização[4] – que indicava como a sublimação do Eros é o elemento necessário para o estabelecimento da civilização – Marcuse[5] acusa este mesmo Eros de ser a força potencial necessária a civilização, e conseguintemente responsável pela limitação das potencialidades humanas. Desejo tornar-se-ia então, contraditoriamente, fonte de destruição e civilização. Sobre Isso Nietzsche indica magistralmente como a moral do fraco, a moral burguesa, tornou-se uma necessidade para a civilização:

O homem, o animal mais corajoso e mais habituado ao o sofrimento, não nega o sofrer em si, ele o deseja, procura-o até, sob a condição de que lhe seja mostrado um sentido, um para quê no sofrimento. A falta de sentido do sofrer, não o sofrer era a maldição que até então se estendia sobre a humanidade – e o ideal ascético lhe ofereceu sentido! Foi até agora o único sentido; qualquer sentido é melhor nenhum... – o homem estava salvo, ele possuía um sentido, a partir de então não ser mais uma folha ao vento... ele agora podia querer algo – não importando no momento para que direção, com que fim, com que meio ele queria: a vontade mesma estava salva. Não se pode absolutamente esconder o que realmente expressa todo esse querer que o ideal acético recebeu sua orientação: esse ódio ao que é humano, mais ainda ao que é animal, mais ainda ao que é matéria, esse horror aos sentidos, à razão mesma, o medo da felicidade e da beleza, o anseio de afastar-se do que seja aparência, mudança, morte, devir, desejo, anseio - tudo isso significa, ousamos compreendê-lo, uma vontade de nada, uma aversão à vida, uma revolta contra os fundamentos pressupostos da vida, mas é e continua sendo uma vontade!... E, para repetir em conclusão o afirmei no início: o homem preferira ainda nada, a não querer ...
[6]


Podem-se fazer várias interpretações do trecho citado. Uma delas, é que o ideal acético, e de sofrimento é necessário a psicologia do burguês ou ainda para entrar na terminologia dos frankcfurtianos necessário ao sistema capitalista burguês.
Já Nietzsche pensa que a arte é um das expressões humanas que nos possibilita dar uma explicação, mesmo que parcial, à condição humana, e permitir ao ser humano dar algum mínimo razão ao absurdo e terror da experiência humana
[7]. Nietzsche[8] martelou filosoficamente de forma incrível conceitos “pre-aceitos” como moral, utilidade, cristianismo etc, ajudando a completar, talvez o desencantamento do mundo[9]. Quando isso diz respeito ao esclarecimento isso é evidente, em particular, na sessão IV de Crepúsculo dos Ídolos: Como o “mundo verdadeiro” se tornou finalmente Fábula (História de um erro), além de “Os Melhoradores da Humanidade”[10]. Na verdade não se pode acusser Nietzsche de irracionalista, o que ele quer chamar a atenção é que a razão ao sobrepujar todas as outras tendências humanas torna-se mito e desrazão. Ele não é, como muitos o acusaram um apologeta da paixão, sua crítica à moral, necessária ao status quo, é uma crítica a um tipo de moral, em especial a judaico-cristã.
Ele, em sua crítica devastadora ao conceito de moral e de ciência identificou bem como a ciência, e a razão tornaram-se, eu arrisco hibridamente, com a modernidade, uma mitologia. Seus escritos “iluminaram” Adorno e Horkeheimer a pensarem a cultura e seu tempo. Porém, estes autores não podiam abandonar conceitos, pré-supostos tacitamente aceitos para ler Nietzsche: é por isso que vemos em seus escritos adjetivos e conceitos que lhes pareciam inevitáveis: “burguês”, “dialética”, “progresso”, “ideologia” etc. Sua perspectiva, seu lugar social e temporal obrigava-os a isso. Parece-me, que estes autores, mesmo com sua aguda e fina crítica, por sua história e origem ao buscarem uma emancipação humana, acabam por recair no que a maioria dos socialistas fez e ainda o faz; a desesperada busca pela redenção e pelo paraíso perdido, intimamente ligada a cosmogonia judaico-cristã. A história apontaria assim para um fim, de forma escatológica, o fim das classes, ou o fim dos tempos, onde todos os homens serão julgados. Para os melhoradores de homens desse tipo Nietzsche diria: niilistas.
Cito: “Assim ele [Nietsche] enxergava no esclarecimento tanto um movimento universal do espírito soberano, do qual se sentia o realizador último, quanto a potência hostil à vida, “Nihilista.”. E, seus seguidos pré-fascistas
[11], porém, apenas o segundo aspecto se conservou e se perverteu em ideologia. Esta ideologia torna-se a cega exaltação da vida cega, à qual se entrega a mesma prática pela qual tudo o que é vivo é oprimido. Isto está claramente expresso na posição dos intelectuais fascistas em fase de Homero.”[12] Este trecho, parece-me uma instrumentalização do pensamento de Nietzsche, que encontra-se deslocado de seu contexto, de seu tempo, e convertido à fórceps à uma espécie de dialética.
Mas Nietsche foi capaz de perceber que o real pode tornar-se ficção. As instituições modernas se dissolvem em novos mitos, não aquele do Entzauberung de Weber, mas novos mitos, aqueles hoje apontados por filósofos como Alan Badiou e Giorgio Agamben. Os mitos da hiper-modernidade são aqueles atacados por Nietzsche – e também por Adorno e Horkheimer, a democracia, o utilitarismo, o estado de direito, o direito internacional, a fluidez do capital. A liberdade humana realiza-se apenas como capital útil e quantificavel. Novos mitos são levantados – o fluxo dos capitais, a falsa liberdade de ir e vir. Não obstante um certo desencantamento das coisas e do mundo e a morte de Deus no mundo ocidental – na periferia e no mundo ocidentalizado (ex: Brasil) enrijem-se novos fundamentalismos. O mundo islâmico é sacudido por uma mitologização híbrida que mescla técnica de guerra, exceção, e uma mistura de política e religião. Percebe-se assim que de alguma maneira mais sinistra e perversa o desencantamento é apenas parcial no mundo periférico, o mito absorveu de maneira esquizofrênica o mito da razão instrumental, o utilitarismo selvagem, mas não abandonou velhos postulados morais dos cristãos. O Homem em si torna-se, no centro e na periferia do mundo, aboleto e o estado de exceção toma aos poucos o sistema internacional e o Direito Internacional – tornando-se regra ficcionalmente aceitos.
Agora, que os escritos de intelectuais sejam instrumentalizados não há nenhuma novidade nisso; são vários os exemplos na história, Marx e Nietzsche são apenas dois deles. Por vezes, são seus próprios pares os instrumentalizadores, por vezes integrantes de campos de força opostos
[13]. È interessante observar a divisão que faz Hermínio Martins, em Hegel, Texas e outros Ensaios de Teoria Social[14], quanto a perspectiva dos intelectuais perante a técnica: Fausticos e Prometeícos. Não é necessário explicar que os prometeicos seriam aqueles que viam necessariamente na técnica a fonte de uma libertação humana, já os fausticos seriam aqueles que considerariam a tecnologia totalmente desprovida de fins bons ou maus. No final deste ensaio o autor lembra-se da Dialética do Iluminismo como que uma mistura das duas vertentes, já que seus autores vislumbraram a capacidade destruidora da razão e da técnica, sem no entanto abandonar o postulado de progresso próprio do iluminismo, e do qual o marxismo nunca pode se livrar.
Assim lembra-nos Artur Herman como Niezsche foi lido, interpretado ou até abusado desde sua demência: “Após 1900 os escritos de Nietzsche se transformaram em instrumentos de trabalho disponíveis a toda gama de facções ideológicas da Alemanha. Socialistas aproveitaram seus ataques à burguesia e ao cristianismo organizado. Pangermanistas puderam explorar seus ataques ao judaísmo; sendo Elisabeth Foster-Nietzsche profundamente anti-semita. Nietzsche se transformou (sem o conhecimento dele) em um porta voz do arianismo anti-semita
[15]. Da mesma forma, uma gravura de Nietzsche convalescente, com seu vasto bigode e olhar intenso (que disfarçava a vacuidade total da mente), tornou-se o pôster favorito entre os escritores alemães, vanguardistas e não-políticos Hermann Hesse e Stefan George. Sua influência não ficou restrita à Alemanha. George Bernard Shaw presenteou o público de teatro de Londres com a peça Homem e super –homem, mas tarde elogiada por Oswald Spengler como uma exposição magistral e divertida das doutrinas de Nietzsche. Na América do Norte, Nietzsche exerceu forte influência sobre H. L. Mencken, que escreveu um livro explicando sua filosofia. Na França inspirou o anarquista Georges Sorel, que transmitiu a marxistas e a fascistas revolucionários como Benito Mussolini, enquanto na Espanha suas obras incitaram um importante motim filosófico através dos escritos de Miguel de Unamuno e José Ortega Y Gasset, autor de A Rebelião das Massas. Nietzsche de uma hora para outra se tornou o filósofo antiliberal do século XX. Ele provou ser mais importante neste aspecto do que Karl Marx, pois, enquanto as teorias de Marx se tornaram reféns do partido comunista depois de 1917, Nietzsche permaneceu um ícone cultural compartilhado pela esquerda e pela direita[16]. Isso foi verdade sobretudo entre partidários do emergente estilo modernista e do expressionismo, como os poetas Stefan George e Gottfried Benn que acreditaram que uma elite artístico-espiritual guiaria uma futura revolução da ordem burguesa hipócrita. Conforme declarou um deles ‘Nietzsche não foi um profeta do Volk (povo), mas o profeta dos profetas.’”[17]
Ou seja, muitas leituras de Nietzsche são possíveis. Infelizmente, geralmente, quando se vulgariza um pensamento tão complexo comete-se com freqüência grandes equívocos.


II.

A leitura feita por Adorno e Horkeheimer apesar de fina e brilhante em alguns aspectos – utiliza-se de Nietzsche, ao meu ver de maneira bastante utilitária. No trecho “Ao erigir o culto da força em doutrinas historico-universais, o fascismo alemão reduziu-o ao mesmo tempo o absurdo que o caracteriza. Enquanto protesto contra a civilização, a moral dos senhores defendeu indiretamente os oprimidos o ódio pelos instintos atrofiados denuncia objetivamente a verdadeira natureza do mestre disciplinador, que só se manifesta em suas vitimas. Mas enquanto grande potência e religião do Estado, a moral dos senhores entrega-se definitivamente aos civilizatórios power that be, à maioria compacta, ao ressentimento e a tudo aquilo a que antes se opunha. É a realização das próprias idéias que refuta Nietsche e ao mesmo tempo libera nele a verdade que, apesar de toda afirmação da vida, era hostil ao espírito da realidade.” Ora, na relação fascista, me parece a leitura feita pelos autores um tanto invertida já que a vontade de demonstrar poder do comando fascista é justamente aquela do fraco reativo, que necessita exercer poder sobre o mais fraco, com uma vontade de poder mais fraca. Assim, o fascista, é para Nietzsche, um fraco ressentido, já que o fanatismo é à vontade dos fracos. Não é a toa que os falangistas espanhóis gritavam “Viva la Muerte!” (niilismo), esta vontade de nada é à vontade do fraco que ainda detêm em si alguma vontade de potência. Além disso se analisarmos toda elogio nazismo ao cientificismo eugenista e a estética clássica, percebe-se a contradição ao o elogio que Nietsche faz do equilíbrio entre Apolo e Dionísio. Para ele, justamente um dos problemas da ciência moderna era sua concepção e fundamentos exclusivamente apolíneos.
A crítica dos Autores da “Dialética do esclarecimento”, parecem desconhecer, ou propositalmente ignorar, o potencial emancipador contido na filosofia de Nietzsche: eles reconhecem seu lado crítico, mas ignoram, seu lado legislador. Aquela parte de sua filosofia que pode libertar o homem da moral de escravo, da hipocrisia cristã e que faz aceitar o amor fati: "Não querer nada de diferente do que é, nem no futuro, nem no passado, nem por toda a eternidade. Não só suportar o que é necessário, mas amá-lo". ... "Quero cada vez mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas: - assim me tornarei um daqueles que fazem belas as coisas.” (GM). Isso faz com que o homem torne-se forte, no sentido não reativo, no sentido que a chamada renaissance nizscheenée française pode bem perceber, como foram as leituras de Deleuze et Guatarri, e hoje o outsider Michel Onfrey
[18] parece compreender: "Amor fati": seja este, doravante, o meu amor" Não quero fazer guerra ao que é feio. Não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores. Que minha única negação seja ‘desviar o olhar’! E, tudo somado e em suma: quero ser, algum dia apenas alguém que diz sim."
Há ainda em Nietzsche um flagrante recusar do Estado, que ainda pode ser bastante relevante, mesmo assim como nos diz Dupuy: “Voilá pourquoi Nietzsche, em dépit de sa haïne de L´État. Certes, Il avait lu Max Stirner, non sans em subir la séduction, notamment par la tentative, menée au non de la liberte de l´esprit, par l áuteur de L´Unique pour exorciser ses fantômes que les hommes entretiennent dans leur ame, qu´il les aient créés eux-même ou qu´ils leur aient été inculqués par les maîtres de ce monde, souvarains ou penseurs dominants. Ce refus de l´idelisme, comme l antiéttatisme, a pu encontrer em lui qulque écho. Mais les conclusions sociales de stirner ne pouvaint être les siennes, non plus que celles des autres membres des diverses sectes anarchistes.” Por que Niezsche não nega a luta, e pensa que ao não negar a luta e a apontar essa moral dos escravos, liberta.
[19]


Bibliografia auxiliar:
MOURA, Carlos A. R. Nietsche: civilização e Cultura. SP: Martins Fontes, 2005.
Politique de Nietzsche, Presenté e org. René-Jean Dupuy. Paris: LibrarieArmand Colin, 1969.
ANSELL-PEARSON, Keith. Nietzsche como pensador Político. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor: 2007.




[1] O primeiro, durante a segunda Guerra Mundial engajou-se na resistência francesa ao ocupante nazista, o segundo publicou panfletos anti-semitas, foi considerado colaborador e condenado a morte pela resistência. Com a invasão americana, teve que se refugiar na Dinamarca, onde com o fim da guerra cumpriu pena.
[2] MARCUSE, Herbert. A Ideologia da Sociedade Industrial: O Homem Unidimensional. Rio de Janeiro: Zahar Editores: 1978.
[3] MARCUSE, Herbert. Eros e a Civilização. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor: 2007.
[4] FREUD, Sigmund. Mal Estar na Civilização. Rido de Janeiro: Imago, 1997.
[5] Marcuse (1967) afirmou em A Ideologia da Sociedade Industrial que o estabelecimento da modernidade foi fruto da maquinização (tecnização), do nascimento das grandes cidades industriais e de todos as dificuldades ligados à relação do indivíduo com a sociedade de massa. O indivíduo passou a ser mantido por meio da labuta em uma condição letárgica que o empobreceu culturalmente e fisicamente.
[6] NIETZSCHE. Genealogia da Moral, 3ª Dissertação – O que significam ideais acéticos. SP: Cia das letras, 20006.
[7] ANSELL-PEARSON, Keith. Nietzsche como pensador Político. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor: 2007
[8] Seria interessantíssimo estudar como o pensamento de Nietzsche foi influenciado por Shopenhauer e a escola do pessimismo alemão, assim como Dostoievski, Leopardi e Paul Bourget – com sua teoria da decadência. Infelizmente me falta tempo, competência e espaço para tal pesquisa.
[9] O termo cunhado por Weber, inicialmente dizia respeito a um certo desencantamento do religioso do mundo, mas amplia-se aos pouco, como nos mostra bem o professor Pierruche ao mundo da ciência: “Se há ampliação de seu ponto de vista quando se passa do desencantamento religioso para o desencantamento cientifico do mundo, os dois usos se mostram ora simultâneos ou intercalados, nunca porém sucessivos no sentido de ir deixando para trás prismas de análise menos gerais.” (p. 218) PIERUCCI, Antônio Flávio. O Desencantamento do Mundo –Todos os passos do conceito em Max Weber. São Paulo: Editora 34, 2003.
[10] Nietzsche, Friedrich. Crepúsculo dos Ídolos. Trad. Paulo César de Souza. SP: Cia das Letras, 2006.
[11] Aqui uma das referências parece ser Oswald Spengler, que desenvolveu uma Teoria da História baseando-se nas idéias de Nietzsche, e que foi cortejado pelo nazi-facismo, sem, no entanto nunca aderir a ele. O tema da vida parece ser um tanto atual, já que encontramo-nos em época de aquecimento global e desastre ecológico eminente. SPENGLER, Oswald. A Decadência do Ocidente. Ed. Cond. Helmut Werner Trad. Herbert Caro. Brasília: Editora Universidade de Brasília.
[12] ADORNO & HORKHEIMER. Dialética do Esclarecimento, RJ: Jorge Zahar Editor, 1985.
[13] O livro La Raza Cósmica do mexicano José Vasconcelos parece ser um bom exemplo. Foi usado diversas vezes entre os mexicanos tanto pelos campos da direita como da esquerda. VASCONCELOS, José. LaR aza Cósmica. Baltimore: 1997. Particularmente penso que um elogio a mestiçagem é sempre interessante, em um tempo em que cada vez mais muros são levantado entre os homens – o muro México/EUA, as cercas que “protegem” a Europa Unida dos imigrantes africanos no sul da Espanha, os muros israelenses etc. O Brasil poderia, neste contexto internacional dar um bom exemplo “levantando” radicalmente as suas fronteiras e abrindo-se para os povos.
[14] MARTINS, Hermínio. Heguel, Texas e Outros ensaios de Teoria Social. Lisboa: Século XXI, 1996.
[15] Após as manipulações e falsificações de seus textos por sua irmã. Nietzsche criticava a moral judaica e não o povo judeu, que era por ele considerado “forte”.
[16] Aqui acho que Nietzsche pode ser inspirador também para filósofos contemporâneos, situados em campos diferentes, como o são Alains Badiou, com seu livro O Século. Aparecida: Idéias e letras, 2007, e Robert Nozick, com seu livro libertarionista Anarchie, État et Utopie. Paris, PUF: 1998. A “presença” de Nietzsche também pode ser sentida em livros como “Pesadelo Refrigerado”, de Henry Miller, onde há uma crítica mordaz ao utilitarismo e pragmatismo norte-americano.
[17] HERMAN, Arthur. A Idéia de decadência na História Ocidental. RJ: Editora Record, 1999.
[18] ONFRAY, Michel. Politique du Rebelle. Traité de résistence et d´insoumission. Paris: Biblio Essais-Le Livre de Poche-Grasset, 1997. ou Op. Cit. L´Art de Jouir. Paris, Lê Livre de Poche-Grasset, 1997. ou ainda Op. cit. Le Désir d´être um Volcan. Le Livre de Poche, 1998
[19] CORAZZA, Sandra, TADEU, Tomaz e Zordan Paola. Linhas de Escritas. São Paulo: Autêntica, 2004

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