domingo, 20 de abril de 2008

União Cívica Radical Cosmopolita



Ou o Lado Luminoso de Osíris.


1. As nações não existem, são ficções conceituais construídas historicamente, por isso todas as fronteiras devem ser abolidas. A humanidade é apenas uma e toda vida se comunica. O nacionalismo é uma opção política de direita. Pelo advento Radical de uma cidadania Cosmopolita e Universal.


2. Pelo fim das nacionalidades. Por um pacifismo radical e não violento.


3. A América Latina e o cone sul devem dar o exemplo e abolir radicalmente suas fronteiras, permitindo a livre circulação de cidadãos.


4. É preciso amar a vida mais que o sentido da vida. Todo homem deve ter direito a um vir-à-ser eterno


5. Todo homem é singular, e deve ter as suas possibilidades intelectuais e físicas fomentadas. Todo homem deve ser livre e capaz de pensar, sem intermediários. Todo homem é um vir-à-ser eterno com múltiplos potenciais e que deve ser respeitado e deixado livre.



6. Tudo aquilo que é comumente aceito, os consensos, as práticas estabelecidas, os hábitos, as tradições são fatores que tornam o ser humano mais pobre, menos inteligente, mais indolente e apático. O questionamento, a dúvida, o ceticismo, a sublevação, e a revolta é um direito de todo cidadão. Todo pensamento transformador é insubmisso e perigoso para o poder estabelecido.


7. A moral cristã – e outras de fundo religioso - é nociva para os povos, promove apatia e à resignação, à culpa e à hipocrisia. Toda moral é hipócrita e nefasta. Que o homem seja amoral, livre e pensante. Que ninguém precise se sacrificar pelo coletivo ou por outro alguém. Pelo fim dos sacrifícios. Dar-se em sacrifício seja por qual causa é uma demonstração de fraqueza, medo e falta de caráter. A vida está acima de qualquer sacrifício. Que todo homem tenha o direito de ser laico e livre.


8. As utopias não libertam, criam monstros totalitários e Estados terroristas. Pelo fim das transcendências escatológicas – que a vida seja feita hoje e agora.


9. Pelo fim da centralidade do econômico na vida humana. Que todo cidadão consciente e livre negue-se a realizar trocas comerciais com dólares. Por uma comunidade de livre troca sul-sul.


10. Que o planeta, em sua totalidade seja respeitado e considerado em sua materialidade biologia e vivente. Por um radicalismo ecológico cotidiano.


11. Pelo fim de tudo que destrua ou que promova a morte. Por um planeta sem automóveis.


12. Por um nomadismo selvagem, radical e cosmopolita. Que todos sejamos bons anfitriões e fraternos. Que a multidão nômade seja respeitada, mas que a singularidade de cada ser humano seja garantida e respeitada.


13. Pela expansão da cultura, do saber, da arte e do viver pensante – radical e cósmico. Pelo fim dos fins: pelo fim dos utilitarismos. Os meios já são o fim. O utilitarismo existencial é algo que faz dos seres humanos vegetais.


14. Que todo ser humano, seja qual for sua história, seja considerado como ser singular, único, sujeito artístico de sua própria vida. Que o coletivo não esmague nunca o artístico do viver singular do individual e do privado.


15. Pelo fim de qualquer certeza, qualquer dogma – inclusive das afirmações deste manifesto – por uma prática de alteridade radical e cotidiana. Somos todos únicos e diferentes.

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