segunda-feira, 21 de julho de 2008

As ruínas de meus Passos





AS RUÍNAS DOS MEUS PASSOS, SE VÃO DUPLAS DE VAGAS ENTRELAÇADAS, E MEU SENTIR ESTILHAÇA-SE NO CAMINHO, QUE NO FUNDO CONHEÇO MAS NÃO COMPREENDO. São tão vazias as incompreensões. Meu mundo se desfez em uma chuva púrpura e escarlate, e minhas vinhas já não dão mais frutos, por que no fundo sei que apenas assim minha vingança respinga em ti. E para sempre o que tenho, é apenas meu profundo e pesar silêncio – que corta, e que cala, nesse meu olhar duro e cheio de melancolia. Amoroso da morte, das vinhas de cobre. Das miras de aço e das pragas de laços desfeitos. Sangra meu peito em chagas de pus e terra. Mas vai, continuas sempre assim, sem saber, quem é e por quê!

Buenos Aires; 20 de julho de 2008.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse poema valeu toda a viagem.