quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Albert Caraco


“Mas o que recomendar a estes bilhões de sonâmbulos, que andam para o caos em passos iguais, sob a tutela de seus sedutores espirituais e sob o bastão de seus mestres? Eles são culpados por que são inumeráveis, as massas da perdição devem morrer, para que a restauração do homem seja possível. Meu próximo não é um inseto cego e surdo, não é um autômato espermático. O que nos importa o nada destes escravos? Ninguém os salvará, nem eles mesmos, nem que evidentemente, tudo indique sua precipitação nas trevas, eles foram engendrados no acaso dos acasalamentos, depois nasceram como tijolos saindo de seus moinhos, e agora aí estão eles formando as fileiras paralelas as quais se elevam até o “cair das nuvens”. Serão eles homens? Não, a massa da perdição não é composta jamais por homens” (Breviário do Caos)

Albert Caraco

Tradução: Augusto Patrini



« Mais à quoi bon prêcher ces milliards de somnambules, qui marchent au chaos d’un pas égal, sous la houlette de leurs séducteurs spirituels et sous le bâton de leurs maîtres ? Ils sont coupables parce qu’ils sont innombrables, les masses de perdition doivent mourir, pour qu’une restauration de l’homme soit possible. Mon prochain n’est pas un insecte aveugle et sourd, n’est pas un automate spermatique. Que nous importe le néant de ces esclaves ? Nul ne les sauve ni d’eux-mêmes, ni de l’évidence, tout se dispose à les précipiter dans les ténèbres, ils furent engendrés au hasard des accouplements, puis naquirent à l’égal des briques sortant de leur moule, et les voici formant des rangées parallèles et dont les tas s’élèvent jusqu’aux nues. Sont-ce des hommes ? Non, la masse de perdition ne se compose jamais d’hommes » (Bréviaire du chaos)

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