quarta-feira, 4 de março de 2009

Brasil: Um país racista e excludente.



Por Augusto Patrini

(texto e foto)

Nunca vi país tão racista e preconceituoso como o Brasil - os israelenses, estadunidenses e congêneres deveriam pesquisar o extremo e perverso sistema de discriminação étnico-cultural-social brasileiro. Esse código é velado e extremamente violento e eficiente. Isso realmente é muito triste!

Morei em países como França e Argentina, e viajei por vários países da América Latina e nunca vi relações cotidianas transpirarem tanta violência e ódios dissimulados. Os acontecimentos, que descrevemos muitas vezes como “subversivos” , assim como o carnaval ou a “MaiorParada Gay da Mundo (e mais não servem, como pensam alguns - infelizmente, para modificar as relações sociais violentas e virar a ordem política e social, todavia ao contrário, servem - como válvulas de escape, que ajudam a manter a ordem, a discriminação e a desigualdade. A hierarquia social no país é fortíssima. E somos ainda, em pleno século XXI, um país de castas! As relações sociais cotidianas no Brasil são pela violência. Observe um café qualquer, em qualquer cidade, como se dá a relação entreclientes” e servidores? É cordial? Quem está em que posição? E como estão? Que posturas que vige é um apartheid sutil, invisível, masextremamente eficiente. Observem, por exemplo, a geografia das grandes cidades brasileiras... Onde estão os pobres? Os negros? Ondericos? Como funciona o transporte público? E as relaçõestransporte público realmente promove mobilidade entre as diferentes áreas das cidades? E o que falarentão de nossos sistemas de saúde e educação? Todos são iguais? comercializada) da Europa e América pautadas assumem? O motoristas-pedestres? O estão os

Tenho até vergonha de escutar entre os meios universitários e ditos de "esquerda" que nãoracismo e discriminação no Brasil. não racismo como outras centenas de outras formas violentas e ao mesmo discriminação. Basta lembrar que o país é há anos campeão comunidade GLBTT (Como disse meu amigo por se tratar de um preconceito tácito, dissimulado - mas sempre latente, pronto a se manifestar - que ainda não tivemos no Brasil um ativista político, recentementepor Sean Penn)”. (http://msevaypoliteia.blogspot.com/) dissimuladas de velado, Harvey Milk (o de " há mundial de assassinados da bloggueiro Marcelo S. M"

Penso, modestamente, que quiçá o mito da cordialidade brasileira vêem da má interpretações dos textos de intelectuais como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Darcy Ribeiro. O primeiro acusado de fazer “floreados” do regime colonial escravista, contudo que na época em escreveu seu livro maisconhecido Casa Grande Senzala, era um homem relativamenteprogressistaque negou o defendido racismo entre os intelectuaisbrasileiros. São exemplares intelectuais como Oliveira Viana, Nina Rodrigues, entre outros que defendiam perspectivas racistas e abertamente o “branqueamento” do Brasil. Sérgio Buarque de Holanda, em Raízes do Brasil, foi mal interpretado muitas vezesquando afirma da cordialidade do brasileiro, elenão deixa de notarcerta tendência para a dissimulação, hipócrisia e alto grau de hierarquização social. Darcy Ribeiro ao meu ver pecou pela exaltação ufanista a miscigenação étnico-cultural – que em si não é boa nem ruim – e ignorou o pluralismo cultural brasileiro, resvalando, por vezes, em um nacionalismo perigoso.

O Povo brasileiro, infelizmente, está longe de ser maravilhoso: é, em muitos casos, racista, discriminador, alienado e superficial. O provo brasileiro que é tão humano e capaz de maravilhas e atrocidades como todos os outros precisa mesmo é de EDUCAÇÃO. Semisso, esse país será sempre um arremedo de Nação, um gigante com pés barro.

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